quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Viva a Liberdade Nua!

ManiFESTAçao pela Liberdade da Nudez #4
1º de dezembro de 2013, na ciranda de palmeiras na Praça da Paz – Parque do Ibirapuera – São Paulo


A debate no programa SuperPop da RedeTV! considerou se a nudez deve ser liberado, ou confinada nas gaiolas das áreas naturistas. Já aconteceram no Parque de Ibirapuera três ManiFESTAcões para a liberdade de nudez. A primeira, nas fotos acima e ao lado, simbolicamente retirou as faixas pretas da censura. A segunda foi coberta pelo jornal naturista Jornal Olho Nu, principal veículo naturista do Brasil, assim como a terceira ManiFESTAção.

Todas estas manifestações foram pacíficas, foram comunicados anteriormente às autoridades competentes, e apesar de acontecer no maior parque da maior cidade do Brasil, acontecerem sem
transtornos e sem muito incômodo para os outros usuários do parque.

É legal?

As manifestações políticos e culturais são protegidas pelas leis e pela Constituição do Brasil. O Ministério da Justiça já liberou o nu sem conteúdo sexual para a televisão aberto, a qualquer horário.E muitos protestos recentes tem usado nudez.

A reação dos frequentadores do parque à manifestação foi variada. Uns chegaram mais perto, inclusive famílias com crianças, outros poucos se afastaram, mas a grande maioridade não deram muita bola. Um grupo de adolescentes indo jogar bola atrasaram o passo um pouco, mais continuaram até o campo de bola.

A Guarda Civil manteve a paz nos três Atos
As guardas municipais, e as guardas terceirizados do parque, estavam preparados para qualquer dificuldade. Não houve. Sacaram então seus telefones, e fizerem recordações do evento.

E as crianças?

Crianças no naturismo sempre suscitam perguntas. Ser visto nus por outros pode lhes causar danos? E pode causar danos a crianças ver o nudez alheio? Ser fotografada faz mal à criança?

Até agora nenhuma família com crianças participou das ManiFESTAções. Foi cena corriqueira ainda no final do século passado crianças pequenas nadando peladas no espelho d'agua em volta do Obelisco no Parque, ou no fonte em frente do Catedral da Sé. Os jornais imprimem fotos de crianças peladas até na capa quando é notícia. Em 1990, Bia Lessa encenou "Suor Angélica" no Theatro Municipal, com umas cinquenta crianças peladas correndo no palco na cena final. E isso é falando das áreas nobres da cidade. O pudor é um privilegio dos ricos - quanto privacidade tem uma família morando num quarto de cortiço ou favela?

E não podemos esquecer de Chico Bento nadando pelado na roça, ou os indiozinhos de Castelo Ratimbum andando pelados como seus antepassados e como seus parentes de hoje.

Mas crianças vendo algo desacostumado, poderiam sofrer danos? Os museus da cidade são repletos de nus. Em 2005 a Oca de Ibirapuera recebeu a exibição "Corpos Pintados", onde conforme um critico de jornal, "Tudo pode ser visto na tez macia de uma garota ou na pele flácida de um idoso." A exposição de pinturas, fotos e esculturas de corpos nus foi frequentado inclusive por grupos de estudantes em uniformes da rede municipal e estadual.

No Parque de Ibirapuera, e no Brasil, o nudez da crianças pode ser visto, e ela poder ver o nudez dos outros. E sempre foi assim.

Tradição naturista brasileira


O naturismo formal nasceu no Brasil com Luz del Fuego, que abandonou sua família tradicional e seu nome Elvira Pagã, para abraçar o naturismo e dançar no palco com duas cobras. Ela fundou o Partido Naturista Brasileira nos anos 50, exigiu o naturismo rigoroso na sua Ilha do Sol na baia de Guanabara, onde exigiu que todos ficassem completamente nus - até o Censo. Luz aguentou a chegada no regime militar, mas foi vítima de um assalto na sua Ilha em 1967. Virou assunto de filme em 1982, peça de teatro em 1992, e ficou até mais famosa depois da morte do que na vida.

Atenção da mídia

O naturismo interesse a mídia? Não. Mas o nudez interessa. Muita cobertura de "naturismo" na televisão em anos recentes, não foi de naturismo. Usou o naturismo para disfarçar o interesse em corpos nus, ou em comédia da mais baixa qualidade.
A matéria na Folha de São Paulo em julho foi de outro padrão. Não foi pruriente, nem humorística, nem "chapa-branca", mas foi jornalismo mesmo.  Investigou vários recantos naturistas, e não engoliu as palavras do entrevistados. Tratou o "código de ética" como regras de etiqueta, por exemplo.
  
O tratamento da RedeTV! foi também respeitoso, pelo menos no estúdio. Não posso opinar sobre o que foi ao ar, pois isso é escrito antes.

Uma coisa é certa: a atenção da mídia deve garanti que haverá bem mais gente no Parque de Ibirapura no primeiro dia de dezembro. Mais gente para observar, e esperamos, mais gente para participar. A liberdade de nudez não é de um pequeno grupo, ou de uma pequena fatia de sociedade que tem o luxo de frequentar áreas particulares. É um liberdade com que todos nós nascemos.

Folha de S. Paulo: a panelinha de naturismo

A Folha de S. Paulo escreveu hoje de naturismo, com grande perspicácia e com espaço enorme, a capa e sete páginas internas da revistinha de domingo. Domingo a noite estava como a matéria mais lida da edição online. Li a matéria logo depois um ensaio de Fernando Gabeira em que o autor da Lei Gabeira nota que, "O mês de junho envelheceu rapidamente os partidos, como se as câmeras os fotografassem usando o efeito sépia para transmitir a atmosfera de passado que os envolve." As manifestações pacatas no Parque de Ibirapuera, e esta matéria no maior jornal do Brasil, envelheceram o "naturismo organizado" brasileiro.

O título da matéria principal é "Todo mundo pelado: naturistas paulistas brigam entre si pelo direito à nudez pública", e os repórteres Ricardo Senra e Danila Moura entrevistaram aderentes de vários movimentos: Alfredo Nora que organizou as manifestações no Parque do Ibirapuera, Rose Santana do SP-Nat, da Marcha das Vadias, da Pedalada Pelada. Um dos criadores desta última, André Pasqualini, deu a frase emblemática da reportagem:

"Acho uma incoerência enorme alguém que se diz naturista ser contra esse movimento no parque", afirma André, que foi preso na primeira bicicletada nudista.

Sobre a rusga entre os pelados radicais e tradicionais da cidade, André tem o seguinte a dizer: "Sabe qual é o motivo? Briguinha de ego, gente reclamando de quem está a fim de formar uma panelinha naturista".

O suite de matérias mostra uma divisão entre os naturistas novos, que fazem alguma coisa, que levam naturismo para as ruas ou os parques, e um outro grupo, que é retratado como pessoas plantadas defendendo seus castelos isolados, com seus mentes medievais.

O jornal ainda coloca as opiniões de três renomados juristas sobre o naturismo público. Topless nunca dá processo, conforme um. E o uso do nu em protesto, é protegido pela Constituição.

Recomendo a leitura integral das matérias. Só não as coloco aqui para respeitar o copyright. Além da mateira principal há uma sobre aspetos legais; sobre terapia corporal nu; sobre "pelados que viraram notícia", e regras de etiqueta, onde se encontra o que a FBrN incorretamente chama de "Código de Ética".

O que importa?

Alfredo Nora postou no Facebook depois que a matéria saiu,

agradeço à revista da folha ter me dado a capa de hoje. mas lamento que mesmo cheios de boas intenções e com pessoas esclarecidas envolvidas, colocaram em primeiro plano, acima das questões fundamentais, uma novela ridícula e insignificante do que chamaram de "guerra entre naturistas radicais e tradicionais" ...

Panelinha velha?
Enquando Alfredo era o principal entrevistado, não era o único. Porque São Paulo lembre a Revolução de 1932 enquanto o resto do Brasil nem dá bola? Porque o Guerra Civil americano é ainda importante para os estados do sul, e águas passadas para os do norte? É que a guerra importa mais para o lado que perde.

E como a matéria mostrou, os "naturistas tradicionais" estão perdendo a guerra. Alfredo os procurou e foi repulsado. Sem dúvida, os repórteres ouviram muito mais do "conflito" do lado das pessoas ligados ao "naturismo organizado", do que ouviram de Alfredo, pois para eles, importa mais. Eles que estão fazendo guerra - e vendo que suas "armas" nem atingem o "inimigo". São irrelevantes e obsoletos.

Discorde de Alfredo de que a agressão dos coligados da FBrN seja uma "novela ridícula e insignificante". Eu já escrevi no Jornal Olho Nu sobre a segunda e a terceira "ManiFestAção" no Parque de Ibirapuera. Eu sabia da fricção com o "naturismo organizado", e foi por isso que fui assistir. Não escrevi disso pois ao meu ver não combinava com a linha editorial do veículo, e também porque parecia que poderia ser um aberração momentânea de uma dirigente que estava sob estresse por outros motivos. E atacar uma pessoa nesta situação, não combina com minha linha.

Acertou na mosca

A Folha acertou em cheio. O naturismo brasileiro vive, de fato, uma guerra. A guerra é pior do que a Folha imagina: comentamos esta semana o papel que a atual diretoria da Federação Brasileira de Naturismo tinha nas acusações falsas de pedofilia que causaram a prisão do então presidente da FBrN, Dr. André Herdy. Sobre a "panelinha", uma breve olhada na estrutura da FBrN mostra que a multiplicação de "diretorias" é limitada somente pelo número de parentes e amigos dos manda-chuvas que querem hospedagem grátis em áreas naturistas. A Colina do Sol é um pesadelo de perseguições de quem esteja fora da panela, e privilégios para quem está dentro.

A psiquiatra Carmita Abdo da USP também compara as manifestações usando o nu, e os outros protestos recentes:

Carmita vê paralelo entre a causa de Alfredo e a onda de protestos que começou com cobrança por menores tarifas de transporte público e se tornou algo muito maior no país. "As novas gerações sempre propõem rupturas, que começam com pequenos grupos e atingem o social."

O mundo gira

Para um estrangeiro, a fascinação de Brasil com o "oficial" é em si fascinante. A obrigatoriedade do trabalhador se afiliar ao sindicato do setor (e pagar um imposto ao particulares), e da empresa pertencer ao "sindicato patronal" e também ser tungada, é coisa bizarra. A noção de que tudo mundo precisa ter um "representante oficial", e ainda pagar por isso, remete à época em que esta regras nasceram, quando fascismo emprestou suas ideias para implantar o Estado Novo e seus arquitetos para projetar as grandes construções de São Paulo.

O mundo gira. A crença em representantes "oficias" sumiu, até nos representantes eleitos, como as manifestações desta mês mostram. As vantagens organizacionais de um grupo naturista, foram largamente ultrapassadas pelo Internet e pelas redes sociais. O modelo da ditadura de Vargas, as monopólios estatais e reservas de mercado da ditadura militar, reproduzidos em tamanho "PP" nas "concessões" da Colina do Sol, são coisas do passado.

O mundo gira. O novo chega. O velho cede. Mas cedendo, esperneia.

(Republicado do blog Peladistas Unidos)

MANI FESTA AÇÃO LIBERDADE DA NUDEZ - Parte “3”

Recebemos panfleta hoje da 3ª "Mani Festa Ação Liberdade da Nudez", programada para o parque de Ibiripuera em São Paulo no feriado de dia 30, quinta-feira. Reproduzimos abaixo.

Escrevemos sobre o evento anterior para o Jornal Olho Nu, e devemos estar presentes de novo, outros compromissos permitindo.

Notamos que o evento anterior correu sem transtornos. Hoje mesmo, na Paulista, Augusta, e Praça Roosevelt, aconteceu a "Marcha das Vadias", com proteção da Polícia Militar. Marcelo, um dos organizadores da "Mani Festa Ação Liberdade da Nudez", nós informa que distribuiu 300 destas panfletas para "meninas nuas e semi-nuas".

A panfleta não veja problemas com a presença de menores. Realmente, sendo que o Ministério da Justiça liberou o nudez não sexual na televisão para todos os horários, pela lógica não teria problemas maiores ao vivo. Porém, a lógica não reina neste campo. Nos aconselharemos não levar crianças para participarem do ato.


MANI FESTA AÇÃO LIBERDADE DA NUDEZ - Parte “3”.
30/05/2013 no FERIADO as 15h – PRAÇA DA PAZ (Reunir nas Palmeiras) –Parque do Ibirapuera – São Paulo

Guarda Civil do parque Comunicada!

Administração Geral do Parque Ciente!

Comunicamos que a reunião trata-se de um encontro entre naturistas e simpatizantes para criar estratégias para ações que visam à legalização da nudez publica sem cunho sexual.

A reunião tem finalidade pacífica e não utilizará em nenhum momento expressões ou movimentos que possam ser entendidos como obscenos.

Tem por objetivo chamar a atenção das pessoas ao fato de que o NU é natural do ser humano, partindo do entendimento de que a legalização da nudez tornará a sociedade MANI FESTA AÇÃO LIBERDADE DA NUDEZ - Parte “3”. 30/05/2013 no FERIADO as 15h – PRAÇA DA PAZ (Reunir nas Palmeiras) –Parque do Ibirapuera – São Paulo Comunicamos que a reunião trata-se de um encontro entre naturistas e simpatizantes para criar estratégias para ações que visam à legalização da nudez publica sem cunho sexual.

A reunião tem finalidade pacífica e não utilizará em nenhum momento expressões ou movimentos que possam ser entendidos como obscenos. Tem por objetivo chamar a atenção das pessoas ao fato de que o NU é natural do ser humano, partindo do entendimento de que a legalização da nudez tornará a sociedade mais saudável, com menos pornografia, bem como, poderá excluir com o preconceito e diferenciação que há no tratamento das pessoas pela forma da vestimenta, além do que, criará maior segurança às mulheres que sempre são assediadas ao usarem roupas curtas, visando a paz, os direitos igualitários e a liberdade sobre o próprio corpo (COMO NA MARCHA DAS VADIAS).

A criminalização e a descriminalização devem ter por base precipuamente o sentimento jurídico do povo, pouco importando tratar-se do Direito Penal em si mesmo ou de contravenções penais, desde que se destinem a reprimir certas condutas que a sociedade não pode tolerar. Tendo em vista que o ministério da educação liberou para todas idades a nudez sem conotação sexual em todas as mídias Brasileiras, compreendemos que a presença de menores sem autorização dos pais é isenta da responsabilidade por parte de seus organizadores.

(Republicado do blog Peladistas Unidos)

A nudez não é pornográfica ...

www.carolinaatuesta.com.ar
O evento é sobre a nossa liberdade de expressão, nosso direto da nossa imagem, pacifico e com nudez no parque Ibirapuera, aqui em São Paulo -SP,Brasil. Se você é um daqueles que gosta fotos de adolescentes nuas ou crianças peladas, esqueça: não vai acontecer.
Aqueles quem forem participar deve ser maior de idade. "Pense nas crianças" é a reclamação padrão contra qualquer coisa que sai do habitual.
O Ministério da Justiça já liberou a nudez simples, não-sexual, na televisão para todos as idades. Se puder nas ondas abertas, porque não ao céu aberto? Claro que é um evento não convencional como já foi dito no texto nudez social
Apesar de ser uma manifestação, um protesto sobre a nudez sem conotação sexual, não terá placas e gritos de ordem. Será mais uma festa, um momento de alegria e paz pela liberdade de ficar nu.
Como disse o organizador dos eventos:

"estamos pelados não pra se expor e nem pra ver os outros pelados, não por exibicionismo ou voyerismo, é fundamental primeiro desassociar a nudez da sexualidade... estamos pelados porque está calor pacas e as roupas incomodam, é um saco nadar de roupa e depois ficar com as roupas molhadas, fora que tem um monte de doenças por causa de sunga e biquíni molhados tipo cystite, infecção urinária e aquelas bolinhas na bunda - só pra citar as mais comuns ... estamos pelados porque é saudável e natural, então é um absurdo ser proibido ficar pelado!" Alfredo Nora ao publico de curiosos na mani festa ação pela liberdade da nudez 2, praça da paz, Ibirapuera.


Dados do Evento:
terceiro ato

pela liberdade da nudez
na praça da paz no ibirapuera
(para esta edição contaremos com a presença da policia do parque - todas as nossas manifestações foram pacíficas e com calorosa recepção do publico desavisado presente, essa medida é só pra garantir que assim seja sempre...)
- se vc é de fora de sampa, agita na sua cidade neste dia! -
pela liberdade de estar nú
em praças, praias, cachoeiras e facebook!
pra criarmos a cultura da nudez
pq a nudez é natural, é saudável e é lynda!
pq a proibição da nudez gera:
tanta pornografia e tanta violência contra mulher
tanto pudor ao proprio corpo e ao prazer
pela paz mundial
pelo fim da associação da nudez com sexo:
para libertar a nudez da sexualidade!
tragam frutas, flores, comidas, bebidas, instrumentos, tintas, argilas, cangas, barracas, livros, amores...
convidar todos os seus amigos
é nos unir e propagar esse movimento!
dia 30 de maio de 2013 as 15hs
na ciranda de palmeiras da praça da paz
do parque ibirapuera de são paulo

Republicado do blog Peladistas Unidos)

Protesting Nudity

Three protests with nudity have received ample coverage in the Brazilian press over the last week. It's high summer, and also the start of the college year, which may be partly responsible.

  • Sunday of last week in Ibirapuera Park in the center of São Paulo, South America's largest city, thirteen people preaching "peace and love" took off their clothes in support of the right to non-sexual nudity. The police received no complaints, and photos in the media received thousands of "likes" and hundreds of comments. 
  • This Friday in the city center, a group of university students held a maracatu - an African-based drum and dance celebration - including shirtless members of both sexes. 
  • In the upstate city of São Carlos, a freshman initiation ceremony to pick "Miss Freshman" attracted a protest by feminists, and a counter-protest by upperclassman, who took off their pants and simulated sex with an inflatable doll. 

Sunday in the park: escaping the naturist ghetto
Nudity has in recent years been embraced by anyone who can stretch it to fit their cause, and there have been some notable stretches. PETA tries to show that people are just another kind of animal, with "I'd rather go bare than wear fur" campaigns, and the bodies of attractive young people marked as cuts of meat with dotted black lines, and splashed with blood. The WNBR-World Naked Bike Ride says that bicyclists "feel naked in traffic", and in the part of the world a play on words is used - "Pedalada pelada" is a straight-forward if tongue-twisting way to say "naked bike ride". And FEMEN appears to protest anything and everything - the press account's I've read often don't go beyond the bare breasts.

Using nudity to draw attention to an unrelated protest, is a different matter than using nudity, in favor of nudity itself. The event in the park was in organizer Alfredo's words, to promote greater tolerance, "I think there should no longer be specific, restricted areas for naturism, as if they were cages, or jails." Naturism outside of naturist ghettos was the message of Alfredo's protest - and the means employed.

Manifestantes na av. Rio Branco, ontem, durante a Marcha Global da Cúpula dos Povos
Rio + 20 protest - Pedro Kirilos/Agência O Globo
A very important aspect of the Ibirapuera event is that the organizers carefully secured permission from the park administration, the police, and the courts. That's something the WNBR has never done, and police repression has inhibited or prevented full nudity. Another significant point is that the 1988  Brazilian Constitution provided that all can meet peacefully, without arms, in places open to the public, no prior authorization being needed, so long as they don't interfere with another meeting previously convoked for the same location. We'll get back to that last.

The Coro de Carcarás group's description of their event in Facebook was as "a ritual-procession of liberation and consecration of the forces of life in the very center of São Paulo. An act of intervention in this sleeping reality. Devouring all fears and all taboos". The Folha de S.Paulo in a small text alongside a five-column photo said the event had "the climate of an out-of-season Carnaval", and bare breasts don't qualify as indecent exposure.

During the Rio+20 event in Rio de Janeiro last June, there were some nude protests. The Folha printed full-frontal photos; the message written across the bare bodies of three protestors was however illegible. As with FEMEN, the message was overwhelmed by the use of nudity to convey it

Protest in São Carlos

At first glance, the São Carlos event appears be different from the others, vulgar and intentionally offensive. The Folha's article starts, "A nude young man simulating masturbation, another exhibiting himself with his penis hanging out of his pants, and yet another pretending to have sexual relations with an inflatable doll." Illustrated with a pixelated photos of Young Man #1. Other news media include partial pictures of a pamphlet, "50 Strokes of a Belt".


Shocking, saddening, etc. But the actual situation is a bit more nuanced.

Event, protest, counter-protest

The young men's nudity was not a random aggression of mores and maidens, but a counter-counter-protest. Let's regress to the first event.

  • "Miss Bixete", or "Miss Frosh", is a "beauty contest" for freshman girls at the São Carlos campus of the University of São Paulo. They are urged to climb up on a stage, and "show their bodies in a parade", the audience calling on them to flash their breasts. It's a thirty-year tradition, and takes place at the student union building, called CAASO. The student union leaders have in recent years opposed "Miss Bixete".
  • The protest by the "Feminist Front of São Carlos" took place in front of CAASO, as "Miss Bixete" was taking place. The CAASO doors were open - São Carlos is even hotter than São Paulo, and air conditioning is far rarer in Brazil than in the United States, especially in such places as student associations with limited budgets. The protest included a "batucada", that is, playing drums and other percussion instruments. Signs and banners at the protest included one saying, "We are not inflatable dolls!"
  • The counter-protest spilled out the open doors of CAASP, and spilled beer, as shown in a video posted online by one of the feminists. It did include an inflatable doll, with which one of the counter-protestors, dressed in a Spiderman costume, simulated intercourse. Photos show that one counter-protester removed his pants, climbed on a bench, and danced. The video doesn't show that, but it does show other counter-protestors swaying to the beat of the batucada. Other supposedly pulled out his penis, but since both he and his trousers are black and the photo is pixelated, we just have the protestors' word for this.

What is violence?

Is drowming out someone else's speech "nonviolent"?
The protestors primly declared,  "The demonstration was peaceful and included percussion instruments, music, banners with slogans and pamphlets."  Peaceful and non-violent? Bullshit. They came not to protest but to interfere with a previously announced event, which they did with noise. Closing the doors of a packed CAASP in tropical heat was not an option, and in any event since Brazilian doors rarely need to seal off the escape of heat, they're not effective sound barriers, either.

A couple of weeks ago a Cuban blogger, who on her 20th attempt had received permission to leave that island, was shouted down at a number of events in Brazil by young Communists with old Stalinist attitudes. Was their shouting to silence an anti-totalitarian voice, "non-violent"? Was the "batucada" during the Miss Bixete contest, any less violent? Does violence against sexual liberty, differ from violence against political liberty?

Perhaps the feminists should explain that "noise is nonviolent" to anyone who lives next to a bar that plays country music till 3:00 AM on weekends, or to anyone whose neighbor has a barking dog.

Prisoners of rhetoric

Brazilian feminists, like their North American sisters, and often prisoners of rhetoric. Some years ago Harvard students took advantage of a heavy snowfall to during several hours construct a large snow penis. "Feminists" saw it, thought it "offensive", and took a couple of minutes to knock it down. They later claimed to the press that they had "dismounted" it.

Dancing to the protestors' beat
If the feminists were truly offended by a snow penis in Harvard Yard (and one sometimes has the impression that some feminists are offended by any penis, in any situation) there were a number of responses they could have made. Perhaps a snow vagina would have conveyed only an equivocal message, but .. trash bags to make a large condom? A large pair of cardboard shears? An almost-to-scale ruler, showing the large snow sculpture to represent 3"? There are a number of possibilities, but they all require creativity and effort and some time in the cold, which the male students invested, and the feminists did not. They used violence to silence a message they disagreed with. Breaking someone else's work is still breaking someone else's work, and the rhetoric of calling it "dismounting" doesn't change that.

Participation in the Miss Bixete event is voluntary - no girl is required to get up on stage, nor to remove her shirt if she does so. The feminists complain that women who may not want to participate do so for fear they will be considered "stuck-up" during the rest of the year. Somehow, though, I find the idea that events should be banned so that non-participants don't feel bad for not participating, unconvincing. I always thought voluntary activities were up to the participants, and that non-participants had the option of staying away, not the right of veto.

There is a distinction between a voluntary, public, nonviolent, and non-hazardous activity, and hazing freshman. About a decade ago a pre-med drowned in a swimming pool during freshman hazing in São Carlos, and they have been careful since. But nothing at Miss Bixete offered any physical hazard, though had they closed the doors in a futile effort to escape the batucada,  heat stroke could have been a possibility.

Your too-friendly neighborhood Spiderman?

Not their party?

One of the named feminist protestors was Airton Ferreira Moreira Júnior, identified as a professor. A look at his resumé shows that he's a professor not at USP São Carlos, but at another university in the same city, the Federal University of São Carlos. While USP's São Carlos campus specializes in engineering, chemistry, physics and mathematics, Ferreira Moreira's highest academic distinction is a master's degree in sociology.

The organizer of the protest is the "São Carlos Feminist Front", which doesn't seem to be the "University of São Paulo-São Carlos" Feminist Front. They came to impede someone else's party.

Alternative protests

The "Feminist Front of São Carlos" could have with a bit of creativity and humor come up with far better protests. They could have held "Mr. Bixão", either grading the candidates on the same "degrading" bases as the misses are grades, or by the more noble standard they propose, ideas. Well done, either would be effective and funny - though perhaps asking feminists to produce, or even to recognize, humor is akin to asking them to fly over the moon.

Cloth banners and paper dolls

The Inflatable Woman

The counter-protesters brought an inflatable woman. Offensive? Photos of the event show that the feminists had a banner saying, "We are women, not inflatable dolls, we have ideas, we are not manipulated", and along with it, a cardboard model of an inflatable doll. It was the feminists who introduced the idea of inflatable dolls to the event. Is a paper doll less offensive than a vinyl one? Or merely less expensive?

As to the young man who simulated introducing himself into the inflatable doll, well, "Make love not war" conveys the same message, though with words rather than actions, and is clearly protected speech - indeed, it's almost traditional.

"Fifty Strokes with a Belt"

Another of the feminists' objections was to a pamphlet distributed by some of the USP students, claiming it supports physical violence against women. The title "Cinquenta golpes de cinta" is an obvious reference to "Cinquenta tons de cinza", the Portuguese translation of "Fifty shades of gray", and where the local edition describes the real book as a New York Times best seller, the parody has : "The cure for the hot pants of these women who aren't getting any - The New York Times."

Offensive? Certainly, and so was "A Modest Proposal". But to say the students are proposing beating women in like saying Dean Swift was seriously proposing eating Irish children.

Converging on "Slutwalk"

Interestingly, both the park event in which women were nude in public, and the protest in São Carlos which objected to women being denuded, point to "Slutwalk" as kindred in spirit to what they were attempting. The Feminist Front's manifesto said:

"We repeat that the Slutwalk's objective in displaying the body is totally contrary to that of Miss Bixete. In Miss Bixete, the bodies are displayed to satisfy the desire of a specific gender. And not just any bodies, they are bodies chosen according to the reigning standard of beauty. In the Slutwalk, we display our bodies to protest against this oppressive standard. We display our bodies, whether they are white, black, thin, fat, perfect or imperfect. We display our bodies not for the pleasure of others, but to affirm our freedom of choice."

We have here, I think, not an argument about liberty, but an argument about control. The Feminist Front wishes to replace the male chauvinist rules for the display of women's bodies, with their own female chauvinist rules for the display of women's bodies.

The event in Ibirapuera sought to free nudity from naturist ghettos, making nudity acceptable, unremarkable and insignificant. The Feminist Front sees women's bodies as a battleground, and wants to win the battle.

The right of free expression

The "Feminist Front of São Carlos" crossed a line - a Constitutional line, even - when they decided on disruptive noise as their tactic. They could have protested quietly, or they could have picked another time, or another place. They purposely provoked college students who they knew would be drinking, and when they provoked incivility, used it to claim that the reaction to the disruptive protest just confirms that the e original event was "disrespectful and violent."

It was the Feminist Front's demonstration that was "disrespectful and violent". The Ibirapuera protestors were told it was fine to take their pants off, but not to disrupt a previously scheduled event. The feminists chose to disrupt with noise, a previously scheduled event. Both  English idiom and American law recognize the concept of "fighting words": provocation that invites a reaction, and a reaction that is justified by provocation.

The feminists provoked, they got a reaction: they brought a paper inflatable doll, the counter-protesters brought a vinyl one, which they used to act out what the feminists implied. The response is direct and not out of proportion. The feminists played music in a public place, and how can the object if someone chooses to dance to it?

Certainly the men displayed a lack of class - and the women displayed a lack of humor. Between the two groups, I for one prefer the company of those who have humor.

(Republished from blog Peladistas Unidos)

Jacaré parado vira bolsa de madame

Domingo agora, dia 24 de fevereiro de 2013, aconteceu uma manifestação pacífica, em prol da nudez pura e simples, e sem conotação sexual, no Parque Ibirapuera, na Praça da Paz, em São Paulo. Parabéns aos organizadores e aos participantes ( muitos naturistas) por esse movimento pacifico e organizado pela nudez sem conotação sexual em locais públicos, como um parque em São Paulo.

Para aqueles que quiserem ver algumas fotos veja o que saiu nos links abaixo:

http://noticias.uol.com.br/album/album-do-dia/2013/02/24/imagens-do-dia---24-de-fevereiro-de-2013.htm?abrefoto=25

ou em

http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/sp-naturistas-fazem-ato-no-ibirapuera-pela-liberdade-da-nudez,de2ab1b20fd0d310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html

Fiquei muito contente em ver novas pessoas (muitos jovens) presentes; e muitos não são ligadas ao movimento tradicional Naturista. De forma pratica fizeram o que muitos desejavam fazer, e de lambuja fizeram com que muitas pessoas parassem e pensassem um pouco sobre a questão da nudez social. Claro que existiram aqueles que manifestaram sua objeção à nudez, principalmente nos comentários que saíram na publicação da cobertura dada pela mídia e jornais. O que mais se destacou é que foi um movimento pacifico e sem montes “placas” e “cartazes de protesto”.

O que aconteceu em volta...

Após uma dança ritual de cunho indígena, os participantes de despiram e chamaram as pessoas próximas - que quisessem - a se aproximar e ver de perto. Muitas pessoas se aproximaram para entender o que acontecia.

Acompanhei o evento um pouco afastado e notei que muitas famílias nem se importaram com o a nudez alheia. Continuaram jogando ou brincado com as crianças. Outros olharam de longe por um curto período, porém sem muito interesse.

Algumas senhoras se aproximaram, até fotografaram os rapazes. Rapidamente deram a volta e saíram reclamando que “era feios e a coisa tão feias e caídas quanto do...” continuando na sequencia a dizer que isso era uma pouca “vergonha” e “olha as crianças” (como se crianças estivessem se importando com o evento). Parecia, que após ver e apreciar a nudez alheia, precisa “justificar” o ato de seu olhar prolongado e regado às fotografias dos rapazes nus...

Escutei duas outras senhoras que observavam o evento, sendo que uma delas grávida colocava a mão na lateral da barriga como se o bebê estivesse saltitando perante o espanto da mãe frente à coragem dos pelados em pleno parque. Esta disse “nossa quanta coragem! É preciso ser corajoso pra ficar sem roupa né?” a segunda diz “pois é - naturalmente como se a coisa parecesse simples – e pensar que nascemos nus e depois ficamos com tanto medo de ficar pelados”. A outra volta a comentar: “deve ser algum protesto para ficarem assim desse jeito” e o comentário da interlocutora que finaliza a conversa: “também estou tentando entender o que está acontecendo! Até agora não entendi”. A grávida continua olhando e alisando a barriga, intrigada, enquanto a outra se afasta e vai para outro lado do jardim.

E a pré-reação da FBrN..

Bom, como esperado, a FBrN declarou que não foi contatada para avaliar a conveniência da participação de suas afiliadas no evento. Para a oficialização ela (FBrN) requer um conjunto de informações fornecidas antecipadamente pelo organizadores. A orientação da INF-FNI como a FBrN desaconselha qualquer participação de eventos envolvendo nudez em protestos ou chocar ou agredir a sociedade têxtil. Não foi o objetivo do evento ocorrido, porem o simples fato de estar nu em um local não naturistas, como um parque, choca as pessoas. Seguem afirmando que qualquer atividade de conscientização de naturistas e simpatizantes,devem ocorrer no âmbito de espaços naturistas; ou nos encontros, eventos e congressos “oficiais” dos praticantes da filosofia de vida naturista.

Como disse um amigo: “Não entendi! A Federação aceita realizar atividade de conscientização somente junto àqueles que já estão nos espaços naturistas”(!?). Tá certo indicar um local, uma praia por exemplo, para famílias naturistas. Requer uma certa segurança para os participante. Contudo, divulgar a nudez, feitos pessoas que sabem as consequências, onde todos foram informados, somente em locais de pessoas “já convertidas” é meio confuso. Se vamos fazer uma pregação, divulgar um novo conceito, uma nova ideia, de forma publica, não seria mais adequado em locais de pessoas não convertidas? Nesse ponto acho de muito valia o trabalho, por exemplo, de um Evandro Telles,que divulga nos seus livros e palestras conceitos sobre esse estilo de vida.

Como disse a senhora grávida do parque, esse grupo – e de outra forma – mostrou que a nudez social pode ser tranquila e pacifica. Fez com que ela e outras pessoas refletissem sobre o tema, teve uma cobertura da mídia oficial ( é possível quantificar em dinheiro o quanto isso representou de divulgação) num domingo a tarde quente, num dos parques dessa grande cidade que é São Paulo.

(Republicado do blog Peladistas Unidos)